sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Vivo (GVT) usará fibra até o gabinete (FTTc) para ampliar velocidades de conexão nas periferias

FTTc
O atual presidente da Vivo e ex-presidente da GVT Amos Genish revelou planos que mudarão a infraestrutura para as conexões de internet fixa da capital de São Paulo.

A maior novidade são as operações com a tecnologia FTTc (fibra até o gabinete). Até o momento, as maiores velocidades de conexão da empresa eram oferecidas por meio de FTTH (fibra até a residência).

O modelo misto, segundo Genish, se justifica pelos custos de implantação, uma vez que o modelo que utiliza cabos de cobre até a residência é mais barato em comparação à tecnologia de fibra ótica até o modem, modelo que a empresa tem usado até o momento para os serviços de internet banda larga e IPTV.

Apesar de melhorar a velocidade de conexão, o modelo de expansão de fibra até o gabinete apresenta problemas por não alcançar velocidades tão altas quanto a infraestrutura de fibra até a residência.

Outra novidade comunicada pelo Amos Genish é a tecnologia hibrida de DTH com IPTV.

Não há previsão para a disponibilização comercial dos serviços.

Informações da Teletime.

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Joaquim Levy sinaliza isenção fiscal para o péssimo serviço das concessionarias

Apesar da má qualidade do serviço das empresas de telecomunicações, do aumento dos lucros e do monopólio das concessionárias, o Ministério da Fazenda sinaliza para mais isenção fiscal em 2015.

<<O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse nesta quarta-feira, 22, que o governo irá trabalhar para garantir o equilíbrio financeiros das concessões, inclusive da telefonia fixa, que se encerra em 2025, mas que está em processo de revisão. Ele disse que alterações nesses contratos poderão destravar investimentos do setor, inclusive na telefonia 4G.>>

Com informações do Teletime.

Atraso da regulamentação do Marco Civil beneficia teles e ameaça neutralidade da rede

O Marco Civil, com todos os seus pontos dignos de crítica no que se refere à liberdade e privacidade, ainda não foi regulamentado. A Lei, criada com participação popular, com o atraso para a sua regulamentação sofre pressões de lobistas das empresas de telecomunicações

O atraso tem sido usado para deturpar princípios importantes da Lei nº 12.965, de 23 de abril de 2014 para beneficiar as empresas de telecomunicações e a prática de armazenamento e venda de dados dos consumidores. O ponto da Lei mais atacado pelos lobistas é a neutralidade da rede que prevê acesso não discriminatório a sites e serviços. 

<A associação de consumidores Proteste divulgou nesta quarta, 22, um documento assinado por 41 entidades da sociedade civil e 35 ativistas reivindicando agilização na regulamentação do Marco Civil da Internet (MCI; Lei nº 12.965/2014). A Carta de Salvador foi elaborada como resultado do 5º Fórum da Internet, evento realizado na capital baiana na semana passada e que discutiu o assunto. Nela, há a exigência que a regulamentação "seja aberta ao público em plataforma online e participativa, da mesma forma que o Marco Civil foi debatido".>>

Com informações do Teletime.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Vivo duplica rede para driblar reversibilidade dos bens. O que isso significa em termos de qualidade da rede no Extremo Sul?

Fios na Rua Riachuelo (G1 (em uma manchete infeliz))
O modelo de concessões das redes de telefonia no Brasil, feito durante a gestão do governo Fernando Henrique Cardoso, é incompleto e injusto em muitos sentidos.

Como moradores das regiões do Extremo Sul da capital de São Paulo, desde o momento em que vamos solicitar uma conexão de internet no televendas de uma operadora ou quando solicitamos aumento de velocidade, testemunhamos as incoerências desse modelo de concessão. O "não" é a resposta comum, seja para contratação de novas linhas ou para solicitação de upgrade.

O que ocorre para que, após quase 20 anos de concessões, os serviços ainda não cheguem a população mais carente de conexões de internet banda larga que ultrapasse o mínimo de 8 MBs?

A prática de duplicação das redes

Um dos problemas que destacaremos hoje é a prática de duplicação de redes que as operadoras de telefonia têm praticado em muitas regiões onde já possuem a infraestrutura recebida nas concessões.

A operadora Vivo admitiu em uma audiência pública da ANATEL que pratica este tipo de manobra para garantir a sua atual base de clientes em caso de reversabilidade da infraestrutura da rede em que opera como concessionária da antiga Telesp.

Segundo Gabriel Cerdeira e Antônio Bastos a <<reversabilidade dos bens objeto da concessão consiste na obrigação por parte do concessionário de devolver ao poder concedente a propriedade de todos aqueles bens vinculados diretamente à prestação do serviço público. Isso se dá pois a própria natureza jurídica da concessão consiste na prestação de um serviço público por tempo determinado, e, logo findo esse tempo, o serviço de relevante interesse deverá continuar a ser prestado futuramente, devendo, portanto, manterem-se os bens afetados à essa prestação sob domínio do titular do serviço público (ente federativo competente). É uma das cláusulas cogentes do contrato de concessão.>>

Para driblar o contrato, a Vivo tem duplicado a sua rede com cabeamento de fibra ótica, uma vez que o contrato de concessão da Telesp se limita à operação das linhas de cabos de cobre, ou seja, de telefonia fixa tradicional.

O que muda é a prioridade de investimentos

O resultado é que, em vez de expansão da rede, a operadora Vivo, do grupo Telefônica, tem substituído, com base em critérios arbitrários, a sua antiga rede de cobre por redes de fibra ótica, geralmente em bairros de classe média e classe média alta.

A situação ainda traz o agravante de que clientes das antigas redes de cobre são também obrigados a migrarem para os serviços Vivo Fibra. Em contrapartida, a operadora tem abandonado as redes de cobre sem manutenção, em estado precário, situação na qual, provavelmente, será entregue novamente ao poder público.

Na prática, este modelo de negócios da operadora tem mudado a prioridade de expansão das redes de fibra ótica, em detrimento da migração de clientes da base atual para os serviços de fibra ótica. Os locais onde a operadora não fez investimentos, aparentemente, continuarão abandonados e sem manutenção.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Netflix: Vivo tem a iternet mais lenta no Brasil

Todos os meses o serviço de vídeos via streaming Netflix divulga rankings com a média da velocidade dos principais provedores de internet do mundo.

Segundo o serviço de vídeos o "índice de velocidade de conexão Netflix é uma avaliação do desempenho da Netflix no horário nobre na rede de determinados provedores de Internet. Não se trata de uma medição do desempenho geral de outros serviços ou dados que possam trafegar pela rede do provedor em questão. Maiores velocidades na Netflix geralmente trazem melhor qualidade de imagem, inicialização mais veloz e menos interrupções."

No Brasil a liderança do ranking tem sido da Live TIM, serviço de fibra ótica residencial da TIM, há quase um ano. O segundo lugar está com a GVT.

A Vivo, que por muito tempo permaneceu na penúltima colocação, em dezembro de 2014 foi ultrapassada pela Oi, que atende a região da antiga Telemar com conexões de internet residencial fixa.

Desde lá, o serviço Vivo Internet tem sido classificado como a pior conexão de internet fixa do Brasil no horário nobre da internet.

A situação se agravou ainda mais no mês de maio, quando a Vivo teve a pior média no ISP Ranking desde o início das medições, caindo para os 1.31 Mbps. Todas as outras operadoras, com exceção da Live TIM, tiveram aumento nas médias de velocidade.

A Telefonica ostenta as piores médias também em países vizinhos. Na Argentina o pior serviço na avaliação publicada pelo Netflix também é o da empresa espanhola.

Este cenário revela uma realidade incompatível com o aumento da demanda. Aparentemente, a Vivo novamente freou os investimentos em redes de fibra ótica. A média tende a cair nos pŕoximos meses, com o aumento da demanda de serviços via streaming e a desalereação no mercado de fibra ótica.

Esta realidade denuncia novamente a necessidade de empresas estatais oferecendo alternativas de qualidade para competir com o lento mercado das telecomunicações brasileiras.

Para além da melhoria da qualidade dos serviços, uma empresa estatal também poderia atender a demandas de conexão para pessoas em condições de vulnerabilidade social.